terça-feira, 15 de abril de 2014

CISNE NEGRO


Samira Carvalho tornou-se uma modelo reconhecida internacionalmente, mas questiona o rótulo étnico que insistem em colocar nas negras

“É engraçado, quando chego em um casting, todo mundo acha o meu cabelo afro lindo, mas é só eu chegar no desfile que alisam. É um problema para a autoestima, uma coisa difícil de enfrentar, pois desde sempre a negra foi criada para ficar quieta no canto, invisível, se possível de cabeça baixa. Para combater isso e ajudar outras meninas que sofrem com o preconceito, eu e algumas amigas criamos um coletivo, o Clã das Amoras.
A ideia surgiu num dia em que estávamos na minha casa, eu e outras amigas que são modelos negras, nos lamuriando o tempo todo. Passamos o dia conversando sobre essas situações chatas que passamos no dia a dia, de olhares estranhos quando a gente entra no elevador, coisas pequenas, mas que machucam. Mas estávamos ficando muito lamuriosas e deprimidas, e não queríamos manter esse tom de vítimas. O nosso é mais: ‘estamos aqui e vamos em frente’.

Fonte: http://revistatpm.uol.com.br/revista/141/perfil/cisne-negro.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário