Blenda Souto Maior/DP/D.A Press |
De forma quase silenciosa, sem eventos para chamar a atenção, o governo do estado aprovou, nesta quarta-feira (11), a Política Estadual de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis, Transexuais. Sem alarde, Pernambuco agora é o primeiro estado do país a aprovar uma portaria desse tipo, um mês depois de discutir o tema no Conselho Estadual de Saúde. Ainda não há números da população que será beneficiada.
O texto sobre a nova política foi publicada no Diario Oficial desta quarta-feira (11) e as mudanças previstas para atender ao público são baseadas em alguns dados perversos e que ferem o sentido de igualdade. O dossiê de Saúde das Mulheres Lébiscas, por exemplo, realizou um estudo onde foi constatado que, no atendimento médico, 40% das mulheres homossexuais não revelavam sua orientação sexual e, entre as que revelavam, 28% foram atendidas de forma mais rápida pelo médico, enquanto 17% deixaram de receber exames considerados necessários.
A violência contra a população LGBT também incita políticas específicas para que possa ter um tratamento mais humanizado. Segundo o 3º Relatório Nacional sobre os Direitos Humanos no Brasil, de 2003 a 2005, ocorreram 360 homicídios dessa população no Brasil.
A partir dessa portaria, o governo vai criar, em prazo ainda não determinado, uma coordenação subordinada à diretoria de Políticas Estratégicas, comanda por Flávia Magno. “Essa política de saúde já existe em alguns municípios, mas Pernambuco é o primeiro estado a adotar”, disse Flávia.
Segundo Flávia Magno, a Política Estadual tem o objetivo de realizar ações de saúde voltadas especificamente para o público LGBT, objetivando incluí-los e acabar com estigmas e preconceitos. Ela contou que o assunto foi discutido com os movimentos sociais LGTB e aprovado pelo Conselho estadual de Saúde, órgão colegiado de caráter permanente e deliberativo. Entre as diretrizes gerais, está a implementação de ações no SUS com vistas ao alívio do sofrimento, dor e adoecimento relacionados aos aspectos de inadequação identitária, corporal e psiquica nas pessoas transexuais e travestis.
O texto sobre a nova política foi publicada no Diario Oficial desta quarta-feira (11) e as mudanças previstas para atender ao público são baseadas em alguns dados perversos e que ferem o sentido de igualdade. O dossiê de Saúde das Mulheres Lébiscas, por exemplo, realizou um estudo onde foi constatado que, no atendimento médico, 40% das mulheres homossexuais não revelavam sua orientação sexual e, entre as que revelavam, 28% foram atendidas de forma mais rápida pelo médico, enquanto 17% deixaram de receber exames considerados necessários.
A violência contra a população LGBT também incita políticas específicas para que possa ter um tratamento mais humanizado. Segundo o 3º Relatório Nacional sobre os Direitos Humanos no Brasil, de 2003 a 2005, ocorreram 360 homicídios dessa população no Brasil.
A partir dessa portaria, o governo vai criar, em prazo ainda não determinado, uma coordenação subordinada à diretoria de Políticas Estratégicas, comanda por Flávia Magno. “Essa política de saúde já existe em alguns municípios, mas Pernambuco é o primeiro estado a adotar”, disse Flávia.
Segundo Flávia Magno, a Política Estadual tem o objetivo de realizar ações de saúde voltadas especificamente para o público LGBT, objetivando incluí-los e acabar com estigmas e preconceitos. Ela contou que o assunto foi discutido com os movimentos sociais LGTB e aprovado pelo Conselho estadual de Saúde, órgão colegiado de caráter permanente e deliberativo. Entre as diretrizes gerais, está a implementação de ações no SUS com vistas ao alívio do sofrimento, dor e adoecimento relacionados aos aspectos de inadequação identitária, corporal e psiquica nas pessoas transexuais e travestis.
Aline Moura - Diario de Pernambuco
Publicação: 11/03/2015 15:42 Atualização: 11/03/2015 16:18
http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2015/03/11/interna_vidaurbana,565596/pernambuco-e-primeiro-estado-a-ter-politica-de-saude-para-publico-lgbt.shtml
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